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terça-feira, 2 de outubro de 2007

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A desculpa:

Há uma circunstância social especialmente venenosa: convites de pessoas das quais não gostamos. Podemos aceitar ou não aceitar, mas não se pode ganhar: Se aceitamos é a garantia de um período de tempo bem mal passado. Se não aceitamos, esta gente não esquece. Livramo-nos do encontro, mas somos crucificados para a vida. A maioria das pessoas tem uma lista negra para estas coisas. Eu sei que eu tenho. Há uma terceira opção: arranjar uma desculpa e mentir. Das primeiras vezes é preciso lidar com a consciência. Felizmente, acabamos por nos habituar. Contudo, para além de um espírito artístico, uma mente criativa e uma grande capacidade cínica, é necessário manter o registo das indulgências com uma frieza nazi. Arranjar um caderno e apontar: desculpa; data da desculpa, com ano, mês, dia e hora; motivo; data do motivo, novamente, com ano, mês, dia e hora; nome dos indivíduos com quem utilizaram determina desculpa; e possível rede de informados. Entre as desculpas, cuidado as clássicas:

Consulta: só funciona durante um determinado horário e nunca deve ser utilizada mais do que uma vez com a mesma pessoa. Caso contrário, acabam a fingir uma situação clínica grave.

Doença: não sair de casa durante um período de dois a três dias.

Operações: não operar duas vezes o mesmo órgão; começam a desconfiar.

Morte de familiares: excelente, mas não se esqueçam que dificilmente se morre mais do que uma vez.

Compromissos com outrem: outrem, por mais boa vontade que tenha, só é bom mentiroso em causa própria.

E se nada disto resultar, não se esqueçam: pensem sempre numa boa desculpa para o caso de serem apanhados.

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